A intenção sucedeu o saber
O saber sucedeu o controle
O controle sucedeu o prazer
E este por sua vez foi supérstite
E com o tempo tudo tronou-se infame
Os atos todos sempre precípuos
O olhar e a fala
O laço e a calma
O tempo tronou-se escuso
Sucedendo sempre o furacão da vivência
E os dias tornaram-se nós
E nós nos tronamos supérstites
Em meio ao nosso caos fui teu parasselênio
Pairada em meu universo
E sem ter lua para iluminar
Me limitei a minha própria alma
O coração sucedeu a cortesia
E a alma sucedeu o coração
Nesse meu teatro abandonado
Fui sempre teu condão
Perdi-me nas vivências
Mas encontrei-me em meus desígnios
E por mais que tenham sido uma expressão cruel de mim
Estes foram verdadeiramente autônomos!
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